Já reparou na forma hábil e engenhosa como diluímos o conceito de pecado, particularmente, no que respeita à nossa própria vida? Para começar, não o consideramos assim tão grave, e isto quando admitimos sequer a sua existência; usamos eufemismos como “deslize”, “falha”, “questão de personalidade”, e outros igualmente inventivos, para amenizar a nossa consciência; olhamos à nossa volta e concluímos que não somos assim tão pecadores, já que existem outros bem piores; racionalizamos os nossos “deslizes”, normalmente transferindo a responsabilidade para pessoas e circunstâncias que nos obrigaram a fazer, dizer e pensar o que não devíamos. Seja como for, a culpa não é nossa! É das circunstâncias, é da sociedade, é dos outros, é da educação que tivemos, é da cultura, é das pressões… No primeiro capítulo do seu livro, Neemias descreve o estado de prostração em que ficou ao tomar conhecimento detalhado do estado em que se encontrava a cidade de Jerusalém. Não que estivesse iludido ace...