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Consagração feminina ao pastorado - I Timóteo 2:11-15 - Uma resposta comentada

O meu amigo e colega Tiago Oliveira publicou no seu Blog no Facebook (https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=356813587771054&id=152417248210690) uma resposta ao meu artigo anterior "Consagração feminina ao ministério pastoral - I Timóteo 2:11-15". Com a sua permissão, republico-o aqui (a azul), intercalado com os meus próprios comentários. Espero que este diálogo ajude a abrir canais de comunicação sobre o tema. 1 Timóteo 2:11-15 - Uma resposta Caro Rúben Couto, escrevo em resposta ao teu texto acerca da consagração feminina ao pastorado com base em 1 Timóteo 2:11-15. http://vidaemabundancia.blogspot.pt/2013/04/consagracao-feminina-ao-pastorado-i.html . Em primeiro lugar, devo louvar o texto pela tua atitude. Pela primeira vez tenho o prazer de ler um texto sério de alguém com quem discordo mas que revela a postura correcta que todos deveríamos manter ao discutir qualquer assunto. Em segundo lugar, louvo o facto de procurares discutir o assunto no plano

Sacramentalismo - os atos que conferem graça...

O sacramentalismo é um sistema de crenças que defende que a realização de determinados atos religiosos confere a graça de Deus à pessoa que participa nesses atos. A Igreja Católica Romana, por exemplo, defende um sistema sacramental mediante o qual a própria salvação só é conferida com a realização de determinados sacramentos. Aquela igreja celebra sete sacramentos, que são: batismo, confirmação (ou crisma), eucaristia, reconciliação (ou penitência), unção dos enfermos, ordem e matrimónio. Segundo a sua doutrina, todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como para o seu fim (S. Tomás de Aquino). Na eucaristia, renova-se o mistério pascal de Cristo, atualizando e renovando assim a salvação da humanidade. Segundo a doutrina Católica Romana, o sacramento católico é um ato ritual destinado aos fiéis, para receberem a graça de Deus, e destinado também a conferir sacralidade a certos momentos e situações da vida cristã; os sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo e conf

Culto racional

“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Romanos 12:1 Neste texto, Paulo pede que os crentes em Roma apresentem os seus corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, explicando que essa apresentação é o nosso culto racional. Sacrifício é, normalmente, associado à ideia de algo que nos custa ou que é de difícil execução. Num episódio interessante registado em 2 Samuel 24, David pretendia comprar um terreno para erguer um altar ao Senhor. Quando falou com o dono da terra que logo a ofereceu a David, este respondeu: “Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada.” (2 Samuel 24:24). É, portanto, a noção de que algo nos é especialmente caro ou custoso que determina um ato sacrificial, essencialmente, como uma entrega ou rendição. Paulo, porém, ensina-nos que este ato de rendição a Deu

Deus eterno

Dizer que Deus é eterno é muito mais do que dizer que nunca teve início e nunca terá fim.   A Bíblia mostra que fomos criados por Deus e que existiremos para sempre. Na presença de Deus ou distantes dele, a nossa existência prolongar-se-á por toda a eternidade após a nossa morte física. Somos, portanto, infinitos. Tivemos um início e não teremos fim. Com Deus é diferente, a sua existência nunca se iniciou e nunca terminará. Mas, não é só isso…   A nossa existência decorre dentro da linha temporal. Ou seja, estamos limitados pelo tempo. Não conseguimos viver mais depressa, nem mais devagar do que os demais. Não conseguimos nos movimentar no tempo, nem para o passado, nem para o futuro. E, mesmo que o conseguíssemos, ainda assim, o tempo seria uma limitação própria da nossa existência. A nossa vida decorre de acordo com a sequência cronológica dos seus vários eventos e momentos. Deus, por outro lado, não está limitado ao tempo nem a qualquer sequência cronológica. Bem vistas as coisas e,

Liderança cristã

Quando o assunto é liderança cristã e, particularmente, liderança pastoral, é frequente surgir a palavra autoridade . Normalmente, são três as perspetivas quanto ao exercício de autoridade na liderança: a primeira é a de que o líder cristão deve exercer autoridade sobre as pessoas que lidera; a segunda é a de que o ministério de liderança deve ser desenvolvido através do exemplo, sem que isso implique uma posição de superioridade em relação aos demais; a última, e provavelmente, a mais frequente, integra as duas anteriores, afirmando que ambas as perspetivas não são conflituantes e que se harmonizam biblicamente. Encontramo-nos frequentemente a defender que o líder cristão tem e deve exercer autoridade sobre o rebanho que lhe foi confiado. Nem sempre o termo é usado explicitamente, mas suavizamo-lo, recorrendo a expressões como “liderança espiritual” sobre as pessoas lideradas, o que tem o sentido unívoco de autoridade. Recorrem-se, por vezes, a alguns subterfúgios para substitu